sexta-feira, 1 de maio de 2009


Por que G12, e não G13?

Como eu disse no artigo anterior, assisti a uma entrevista do principal líder gedozista (ou emedozista) brasileiro, pela qual ele afirmou, entre outras coisas, que até os que antes “batiam” na “visão” agora estão se rendendo a ela... Ele disse isso numa clara alusão ao apoio que vem recebendo de um eminente telepregador assembleiano.

Mas, sabe o que eu descobri? Que o Senhor Jesus nunca fez parte do G12! Isso mesmo. A festejada “visão” é tão “perfeita” que os seus idealizadores esqueceram-se de incluir o Líder da primeira célula! Como assim? Os gedozistas falam muito no número doze, mas se esquecem de que a primeira célula, formada há dois mil anos, na verdade, continha treze participantes: os doze apóstolos e o Senhor Jesus, “apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hb 3.1).

Bem, se cada célula possui doze participantes, o Senhor Jesus está fora do G12! É por isso que os gedozistas não pregam o verdadeiro evangelho, mas um evangelho-show, contextualizado, que se amolda às expectativas do homem pós-moderno...

Alguém argumentará: “Não, não é isso. Na verdade, treze é um número de azar, enquanto doze, na numerologia bíblica, tem uma importante significação”. É mesmo? Quantas voltas foram dadas em torno de Jericó, antes que os muros viessem abaixo? Treze! Quantos capítulos têm os livros de Neemias e Hebreus? São eles livros de azar? Por que a bênção apostólica está em 2 Coríntios 13.13?

A escolha do número doze, em lugar de treze, não foi apenas um descuido dos gedozistas (ou emedozistas). Infelizmente, eles têm excluído Jesus, pois preferem convencer as pessoas de que “a visão” é a solução para os seus problemas, em vez de pregarem o evangelho de Cristo, que é poder de Deus para a salvação de todos os que creem (Rm 1.16).

G12 é sinônimo de evangelho antropocêntrico, que faz do ser humano a medida de todas as coisas. G13 aponta para o evangelho cristocêntrico, que tem o Bom Pastor como a Pessoa central do cristianismo. O G12 precisa da “cobertura” de um “apóstolo”. O G13 é guiado pelo Apóstolo Jesus Cristo.

O G12 é triunfalista, não prega o evangelho de Cristo; só fala dos “sonhos de Deus que jamais vão morrer”. Mas o G13 é diferente, posto que nada se propõe a saber, “senão a Jesus Cristo e este crucificado”. A sua pregação não consiste “em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1 Co 2.2,4).

Este é o principal erro do G12: ignorar o Sumo Pastor, o Apóstolo, o Bispo de nossas almas, Jesus Cristo. Portanto, convertam-se ao G13, prezados gedozistas, enquanto há tempo.

Blog do Pr.Ciro Sanches Zibordi

Diferenças entre evangelizar e gedozizar

Assisti, recentemente, a uma entrevista do principal expoente do G12 no Brasil. Convenci-me ainda mais de que há muitas diferenças entre o evangelho de Cristo e o festejado G12 — propalado por pseudoapóstolos como “a visão” —, o qual nada tem que ver com a doutrina dos apóstolos, o evangelho de Jesus Cristo esposado nas páginas neotestamentárias.

Evangelizar é pregar as boas novas de salvação (Hb 4.2). Gedozizar é convencer alguém de que “a visão” é a solução para os seus problemas, principalmente aqui na terra.

Evangelizar é pregar que, se alguém está em Cristo, nova criatura é (2 Co 5.17). Gedozizar é convencer pessoas da necessidade de participarem de
“encontros” para terem as suas vidas mudadas.

Evangelizar é apresentar um evangelho cristocêntrico, centrado no Senhor Jesus Cristo (1 Co 2.1-5; 2 Co 2.17). Gedozizar é apresentar um evangelho antropocêntrico, centrado no ser humano.

Evangelizar é apresentar a mensagem da cruz, que é loucura para os que perecem (1 Co 1.18). Gedozizar é apresentar uma mensagem contextualizada, que se amolda às necessidades do homem moderno.

Evangelizar é convencer os pecadores de que, em Cristo, eles terão de estar dispostos a sofrer pelo evangelho (Lc 9.23; Mt 5.11,12). Gedozizar é mostrar a todos que os que abraçam “a visão” estão livres de problemas, vivendo “por cima da carne seca”.

Evangelizar é levar a preciosa semente, andando e chorando (Sl 126.6). Gedozizar é propagar “a visão” por meio de shows e espetáculos agradáveis e divertidos.

Evangelizar é pregar a Palavra de Deus, pois a fé é pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm 10,17). Jesus, inclusive, passou a maior parte do tempo de seu ministério terreno ensinando e pregando, e não cantando e dançando (Mt 4.23). Gedozizar é deixar a exposição da Palavra em segundo plano, valorizando muito mais a música, as expressões artísticas, etc.

Evangelizar é apresentar a Ajuda do Alto (Rm 1.16). Gedozizar é apresentar a autoajuda.

Evangelizar é pregar uma mensagem que enfatiza o arrependimento e a fé salvífica (At 3.19; Ef 2.8,9). Gedozizar é discorrer sobre os “sonhos de Deus que jamais vão morrer”.

Evangelizar é fazer questão de mencionar o nome de Jesus, ainda que isso gere perseguição e zombaria por parte das pessoas do mundo (Mc 16.15-28; At 17.18). Gedozizar é discorrer sobre prosperidade material ou vitória financeira, milagres, massageando o ego das pessoas.

Evangelizar é enfatizar que, no culto coletivo a Deus, Ele deve ser voluntariamente adorado, em espírito e em verdade, sem segundas intenções (Jo 4.23,24), ainda que, por ser gracioso, Ele nos conceda grandes bênçãos (Tg 1.17). Gedozizar é levar os participantes do culto (culto?) a pensarem que Deus é uma espécie de Papai Noel, que distribui “presentes” a todos, fazendo aflorar o lado interesseiro do ser humano.

Evangelizar é fazer o pecador entender que a adoração implica prostrar-se, humilhar-se, quebrantar-se diante do Senhor Jesus, reconhecendo a sua grandeza (2 Cr 20.18; 29.29; Ne 8.6; Sl 95.6; Jó 1.20; 1 Co 14.25). Gedozizar é confundir adoração com cantoria interminável, emprego de estilos musicais impróprios para o louvor, bem como uso de danças e outras extravagâncias.

Evangelizar significa priorizar a verdade, e não a quantidade de pessoas (Jo 6.60-69). Gedozizar é convencer o maior número possível de pessoas de que o G12 deve ser abraçado.

São tantas e tantas diferenças... Mas só citei treze. Por que treze, e não doze? Ora, os gedozistas gostam de dizer que a primeira célula tinha doze integrantes... Na verdade, eram treze os componentes da Igreja nascente! Como assim? O gedozismo se esqueceu do Bom Pastor, o Apóstolo Jesus Cristo (Hb 3.1). Errou, portanto, até na matemática, pois deveria ser G13, e não G12!

Que Deus abra os olhos dos desavisados, que têm abraçado esse “outro evangelho” gedozista, mediante o qual se distanciam, a cada dia, da Palavra de Deus e da simplicidade do evangelho (2 Co 11.2-5). E, fazendo isso, seguem a heresias, como: triunfalismo, teologia da prosperidade e experiencialismo, além de modismos e adoção de estratégias mundanas.
“Ai dos que ao mal chamam bem” (Is 5.20).

Blog do Pr.Ciro Sanches Zibordi